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segunda-feira, outubro 12, 2009

Farmácias querem cobrar por aconselhamento

Por baixo da pele de um Cordeiro "mansinho"
pode estar um qualquer Lobo "feroz" defendendo a
ANF€ - Associação Nacional de Famintos de €uros

Durante anos assistimos a campanhas promovidas por associações de farmácias a valorizar o papel do farmaceutico sugerindo aos utentes das farmácias para perguntarem ao "seu" farmaceutico todo o que quisessem sobre os medicamentos ou outras duvidas nesta area da saude, tendo assim sido criado o habito junto dos utentes das farmácias de recorrer aos profissionais das mesmas para os apoiar no uso dos medicamentos e pequenos conselhos sobre saude. Julgo que o maior gupo de utentes dependentes deste contacto directo com o "seu" farmaceutico encontra-se na faixa etária da terceira idade, embora seja hábito generalizado a todos os utentes.

É famosa a frase "Pergunte ao seu farmaceutico" dita em várias campanhas de publicidade e em folhetos de medicamentos (o que ainda se mantem), e que é uma clara tentativa de criar laços de intimidade e proximidade entre o utente e o farmaceutico.

Publicou o Jornal de Noticias a peça jornalistica com o título "Farmácias vão cobrar testes e conselhos" (ver noticia completa clicando aqui) onde se informa que após um estudo efectuado por um investigador da Universidade Católica por encomenda da Associação Nacional de Farmacias - ANF - a referida associação está a poderar a forma de implementar a cobrança dos testes e conselhos, tendo o seu Presidente Sr. João Cordeiro dito "Temos esse objectivo a médio prazo".

Este objectivo da ANF é no minimo vergonhoso, porque foi criado gratuitamente uma disposição de aconselhamento, induzindo os utentes para a sua utilização gratuita através de campanhas e informações contidas nos folhetos dos medicamentos, para depois chegar a uma fase em que o mesmo se tornou um hábito dos utentes e então passar a ser pago.

Compreendo que as Farmácias são uma actividade comercial, mas não compreendo o uso de marketing e "falinhas mansas" para convencer os clientes, para depois lucrar com o apoio que se ofereceu e promoveu como uma atitude responsável e exclusiva das Farmácias em oposição à venda de medicamentos em grandes superficies, impessoal e pouco técnica no acompanhamento de meios humanos à comercialização do medicamento.

Se as Farmácias não querem dar informações e aconselhamento gratuito, experimentem encomendar um estudo para ver qual o impacto que isso teria na população e nos organismos de controlo do mercado de venda de medicamentos, e talvez o Sr. João Cordeiro venha fazer depois outro tipo de declarações para os objectivos a curto e médio prazo da ANF, voltando a ser Presidente da Associação que gratuitamente aconselhe "Pergunte ao seu farmaceutico".
Atenção - Não confundir "animais" com "pessoas" ou ANF com ANF€, longe de mim tal confusão e intensão.

Acompanhamento musical: Sérgio Godinho e José Mário Branco em "O Charlatão"

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